UMA ATITUDE POSITIVA COM RESPEITO À SEXUALIDADE PODE ATRAIR MEMBROS PARA AS IGREJAS?

       Até mesmo o ato sexual pode se tornar um ministério, um favor que alguém faz a outra pessoa. (Rousseau e Gallagher, 1986: 47)

       Casais ardentes, que se transformam de estranhos em íntimos, ajudam a nós, estranhos, a nos tornarmos íntimos uns dos outros também. Eles o fazem ao dar crédito ao amor para que nós possamos acreditar nele. E uma vez que acreditemos, podemos começar a vivê-lo. Então todos nós, estranhos, começamos a nos tornar íntimos uns dos outros, e nós somos a Igreja. (op.cit. 124)

       A visão do professor Rousseau e do padre Gallagher sobre a expressão sexual cristã, quando estendida além do sexo conjugal, assemelha-se muito à proposição de David Brandt Berg pela qual afirma que a atração sexual pode ter um papel importante na conquista de almas para o Reino de Deus:

       Algumas paróquias se destacam por serem progressivas na sua liturgia, outras por estarem orientadas para a justiça social. Mas, e se uma paróquia se destacasse pelo ardor de seus casais? Se os católicos fossem conhecidos em todo lugar pela sua intimidade sexual, a Igreja certamente não seria só uma organização entre muitas. Ela seria uma luz clara na escuridão de vidas comuns. A sua luz brilharia tanto diante dos homens que as pessoas que nunca ouviram um missionário profissional seriam atraídos para ela - pela razão certa. Os convertidos não vieram até nós por causa da nossa justiça moral ou nosso gênio organizativo. Mas com toda certeza ganharíamos convertidos se mostrássemos, com ações, a profunda verdade encarnada de que a sexualidade é um caminho genuíno e poderoso para a santidade. Quando dizemos que o sexo não é mau, que ele é um tanto permissível em certas circunstâncias, damos um passo ainda que pequeno na direção certa. Precisamos proclamar aos quatro ventos que o sexo é santo. O ardor dos casais faz parte do legado da Igreja, uma pérola de grande valor, uma luz que não deveria ser escondida debaixo do alqueire. (op.cit, 131.

       Rousseau e Gallgher declaram ainda:


       Agora imaginem outro mundo, um mundo onde os casais católicos fossem conhecidos por seu ardor e intimidade, um ardor que os transfigurasse em símbolos vivos da chama viva do amor divino - o evangelho pareceria pertinente à vida cotidiana porque seria realmente pertinente. As pessoas fariam tudo para se juntarem a tal Igreja. Poucas pessoas que conhecem Jesus questionam Sua bondade. O que muitos questionam é a Sua pertinência a eles e suas vidas cotidianas. O amor sexual é fundamental na vida da maioria das pessoas, mas o que elas geralmente receiam da parte da Igreja são as proibições e inibições quanto a ele. E assim o seu entusiasmo pelo resto da mensagem se esfria. Mas se nós, que conhecemos o poder do sexo para amaciar os corações, celebrássemos este dom, o evangelho seria então muito pertinente. As pessoas seriam atraídas à Igreja como formigas ao mel. (op.cit., 133-134) 

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