George Feuerstein, olhando
sob uma perspectiva da religião oriental, escreveu em seu livro “Sexualidade
Esclarecida: Dissertações Sobre Espiritualidade Positiva em Relação ao Corpo”:
[Fox] concebe uma
renascença do misticismo sexual, e no seu livro A Vinda do Cristo Cósmico,
oferece um dos melhores comentários sobre os Cantares de Salomão, sinceramente
endossando uma espiritualidade erótica... Fox não se encontra sozinho ao
protestar contra uma teologia e ensinamentos morais antiquados. Existe um
número crescente de celebridades cristãs que não se escondem por detrás de
dogmas, mas estão considerando, questionando e dando voz à sua oposição contra
atitudes atuais da igreja. Agora a sexualidade é, no geral, vista como uma área
onde o amor genuíno e deleite mútuo podem ser expressados. (Feuerstein, 1989:8)
Diversos escritores
religiosos respeitados têm contestado a noção de que o cristianismo e a
sexualidade erótica são incompatíveis. Eles também desafiam a suposição de que
todos os cristãos consideram o sexo algo ímpio e alienígena ao modo de vida
cristão.
A intimidade sexual pode
ser um meio de obter graça, uma fonte de cura e transformação nas nossas vidas.
(Rebecca Parker, "Fazer Amor Como Meio de Obter Graça: Reflexões
Femininas", Open Hands, Vol.3, Winter 1988: 9-12)
James B. Nelson, autor de
Entre Dois Jardins e Incorporação: Uma Maneira de Ver a Sexualidade e a
Teologia Cristã, adotou a perspectiva de que a sexualidade é a base sobre a
qual se constrói a nossa capacidade de criar relacionamentos enriquecedores e
edificantes. Segundo ele, a pessoa pode, por meio da sexualidade, se tornar
naquilo que Deus quer que ela seja: alguém realizado, integrado, generoso e um
recipiente livre do amor divino.
Eu estava me sentindo
inequivocamente excitado sexualmente [durante a oração]. Todo meu corpo ansiava
pelo Divino. (Nelson, Entre Dois Jardins: Reflexões sobre a Sexualidade e
Experiências Religiosas, 1983:4)
O Sexo é Santo é o
título de um livro que nos faz pensar, escrito pelos respeitados escritores
católicos Mary Rousseau e padre Charles Gallagher. O incentivo para o livro
surgiu de uma força-tarefa iniciada pelos bispos católicos americanos para
estudar as questões da intimidade, amor e sexualidade humanas. O Sexo é
Santo é uma de várias publicações sérias produzidas na última década por
teólogos, escritores e editores respeitados. Esta aparentemente foi bem aceita
pelos membros da igreja e recebido excelentes comentários dos principais
críticos.
A Dra. Mary Rousseau é
professora e mãe, bem como presidente de um comitê especial formado pela
Sociedade Filosófica Católica. O padre Charles Gallagher é o fundador dos
Encontros de Casais, um programa cristão ecumênico engajado em focar questões
comuns aos casais católicos. Esses dois autores não somente saltaram
corajosamente na disputa sexual cristã, mas até se vangloriam de ser
exclusivamente católico o ponto de vista de que as relações sexuais não só
criam uma maior intimidade entre seres humanos, mas também são uma maneira de
se obter uma maior intimidade com Deus:
Ver os sexo como um modo de
se obter intimidade com outros seres humanos e nos levar à intimidade com o
Pai, o Filho e o Espírito é um ponto de vista distintivamente católico (Rousseau e Gallagher, 1986:112). (ênfase acrescentada)
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