SEXO É UM SANTO SACRAMENTO

       Se existe alguma dúvida de que o sexo aprazível deveria ser uma parte inerente à vida conjugal cristã, os escritores Rousseau e Gallagher certamente tentam remover tal dúvida.

       O fazer amor e se apaixonar - estes são dois momentos especialmente claros do sexo sacramental.
       O sexo deveria ser para um casal o que a oração é para uma pessoa religiosa contemplativa ou o que a eucaristia é para um padre (Rousseaus e Gallagher, 1986:46,54).

       Estes mesmos autores também nos oferecem uma descrição muito revigorante de como as brincadeiras sexuais são um reflexo de Deus e da Santíssima Trindade. (Na Família vemos o Espírito Santo como um ser feminino, o que, no meu modo de pensar, oferece uma retratação mais coerente dessas entidades.)


       E assim, através das brincadeiras de amor podemos ter um relance do que Deus faz durante o dia todo. As três personalidades divinas, Pai, Filho e Espírito Santo, brincam - brincam em amor. Nossos momentos de brincadeira são o ponto alto dos nossos dias, não são? Brincamos quando terminamos nosso trabalho, quando não há mais incumbências para realizar, nem mais tarefas ou deveres a cumprir, pelo menos por um tempo. Então simplesmente relaxamos e desfrutamos da companhia um do outro, desfrutamos do bem que vemos um no outro, desfrutamos a vida que compartilhamos um com o outro. E a êxtase sexual é um ponto alto da diversão - mais intensa e vívida do que qualquer outro tipo. Nos nossos melhores momentos sexuais, todas as preocupações desaparecem, ficamos ofegantes ao nos darmos conta da pessoa diante de nós, gememos de êxtase com a realização de que os dois, maravilhosos como somos, pertencemos um ao outro. Este momento sexual, este momento de brincadeiras de amor, merece ser considerado um dos nossos sete sacramentos. É mais do que apropriado, verdadeiro, certo e justo que a intimidade deveria ser um símbolo - um símbolo causal - da nossa intimidade com as três personalidades divinas. As brincadeiras de amor humano são uma maneira clara e poderosa dos seres humanos participarem da brincadeira de amor da Trindade (op.cit., 23).

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