Brown,
Peter
The Body and Society: Men, women, and Sexual Renunciation in
Early Christianity. Columbia University Press, Nova Iorque, 1988.
Peter
Brown, ex-professor de História Clássica na Universidade da Califórnia,
Berkeley, é agora professor Rollins do departamento de História da Universidade
de Princeton. Seus livros incluem Augustine
of Hippo, uma biografia explícita de Santo Agostinho; The World of Late
Antiquity, The Making of Late Antiquity, The Cult of the Saints, Religion and
Society in the Age of Saint Augustine e Society and the Holy in Late Antiquity.
Brundage,
James A.
Law, Sex, and Christian Society in Medieval
Society. University of Chicago
Press, Chicago e Londres. 1987.
James A.
Brundage é Professor Ahmanson-Murphy Distinguised de História da Universidade
do Kansas. É o autor de vários livros sobre História Medieval, entre eles The
Crusades, The Chronicle of Henry of Livonia e Medieval Canon Law and the
Crusader.
Buck,
Rev. Charles
A Theological Dictionary. Tirado da última
edição de Londres por J. J. Woodward, 1838.
Davies,
Nigel
The Rampant God: Eros Throughout the World. William Morrow
and Company, Inc., Nova Iorque, 1984.
Niegel Davies é inglês e concluiu seus estudos na
Inglaterra. É uma autoridade em arqueologia e antropologia que há vários anos
desistiu de escrever obras eruditas para se dedicar ao público geral. Desde
1962 vive na Cidade do México, que usa como base para se dedicar ao estudo da
história e cultura dos antigos povos da América Central. Tem doutorado na
universidade de Londres e mestrado na Universidade Nacional do México. Tem
escrito extensamente - como cientista, antropologista e historiador - e suas
primeiras obras, The Aztecs e Voyagers to the New World, se tornaram
best-sellers internacionalmente. Em 1980, o presidente do México outorgou a
Nigel Davies a prestigiosa, e raramente conferida, ordem de Aguilla Azteca por
suas contribuições notáveis para a cultura mexicana.
Feuerstein,
George (ed.)
Enlightened Sexuality: Essays on Body-Positive Spirituality.
The Crossing Press, Freedom, Califórnia, 1989.
George Feuerstein publicou uma dúzia de livros,
entre eles Structures of Consciousness, Integral Publishing, 1987. Para
pesquisa pós-graduação estudou a filosofia indiana na Universidade de Durham,
na Inglaterra. Recebeu diversos prêmios da Academia Britânica, é editor da Spectrum
Review e diretor geral da série de dicionários Paragon Living
Traditions.
Foucault,
Michel
The History of Sexuality Volume I: An Introduction. Traduzido do Francês por Robert Hurley, Penguin Books, 1978.
Francoeur, Robert T.
The
Religious Suppression of Eros (editora desconhecida).
Robert
Francoeur é sacerdote católico e professor de Embriologia e Sexualidade Humana
na Universidade de Fairleigh Dickenson e membro da Sociedade para o Estudo
Científico do Sexo.
Greene,
Samuel G.
A Handbook of Church History. The Religious Tract Society,
Londres, 1907.
O reverendo Samuel Greene já faleceu.
Moss,
Rachel (ed.)
God's Yes to Sexuality - Towards a Christian understanding of
sex, sexism and sexuality. O relatório de um
grupo-tarefa escolhido pelo Conselho Britânico de Igrejas, Collins Fount
Paperback, Londres, 1981.
Rachel Moss
é juíza e membro da Assembléia do Conselho Britânico de Igrejas.
Pagels,
Elaine
Adam, Eve and the Serpent. Random
House, Nova Iorque, 1988.
Elaine
Pagels fez doutorado na Universidade de Harvard em 1970. Deu aulas na Faculdade
de Barnard, onde presidiu o Departamento de Religião, e na Universidade de
Columbia. Pagels é professora de Religião Harrington Spear Paine da
Universidade de Princeton. É autora de The Gnostic Gospels, pelo qual
recebeu o Prêmio Nacional dos Livros e o Prêmio Nacional do Círculo dos
Críticos de Livros, e The Johannine Gospel in Gnostic Exegesis e The
Gnostic Paul. Pagels observa que um século depois da ascenção do
Cristianismo no reinado de Constantino, quando se tornou uma instituição
respeitada, os ensinamentos cristãos sofreram uma mudança revolucionária,
passando de uma doutrina que exaltava a liberdade humana para outra que enfatizava
a sujeição universal ao pecado original. Elaine Pagels é mãe e vive na cidade
de Nova Iorque com o marido, Heinz Pagels, cientista e escritor.
Raphael,
Dominic S.
Christ and Tiresias: A Wider Focus on Masturbation.
Dominic S. Raphael é o pseudônimo de um escritor
católico romano pastoralmente ativo, cujas obras têm sido extensamente
publicadas. Tanto a Igreja como a sociedade precisam de idéias sanadoras no que
se refere a ética sexual. Um pseudônimo pode acelerar essa cura, evitando
controvérsia pessoal e promovendo uma discussão objetiva. De qualquer maneira,
D. S. R. está em boa companhia: Benjamin Franklin usou nada mais nada menos que
57 pseudônimos durante a sua vida.
Rice,
David
Shattered Vows: Priests Who Leave. William Morrow and
Company, Inc., Nova Iorque, 1990.
David Rice, nascido na Irlanda do Norte e educado
pelos jesuítas de Clongowes, a escola que James Joyce tornou famosa. Foi
ordenado dominicano em 1958. Trabalhou como jornalista toda a sua vida, e foi
editor e colunista sindicado e premiado nos Estados Unidos durante os anos 70.
Regressou à Irlanda em 1980 para presidir a Escola de Jornalismo em Rathmines.
Deixou o sacerdócio em 1977 para se casar. Vive em Dublin.
Shulz,
David A. and Raphael, Dominic S.
Christ and Tiresias: A Wider Focus on Masturbation,
publicado em Enlightened Sexuality de Feuerstein, 1989: 214-241.
David A. Schulz é professor part-time, sacerdote
episcopal e escultor. Vive na Califórnia. É autor de Human Sexuality, The
Changing Family, e outros livros sobre relações humanas. Deu seminários
sobre a sexualidade e assédio sexual. Seu manuscrito "Sacred Shrines
and Thirsty Fishes: Celebrating Ordinary Lives" está prestes a ser
terminado.
Session
Steps, Laura
"Evangelicals: Ecstasy and Temptation - Bakker, Swaggart Falls
Spur Discussion of Sex," The Washington Post, 4 de Novembro, 1988: 3,
Section A.
Laura Session Steps é escritora do Washington Post.
Sherrard,
Philip
Christianity and Eros: Essays on the Theme of Sex and Love.
SPCK Holy Trinity Church, Londres, 1976.
Philip Sherrard, ex-diretor assistente da Escola
Inglesa de Atenas, é conferencista sobre a História da Igreja Ortodoxa na
Universidade de Londres. Autor de muitos livros e artigos sobre as culturas
ortodoxa, bizantina e grega.
Tannahill,
Reay
Sex in History. Scarborough
House/Publishers, revisado e adaptado, 1992.
Reay
Tannahill, segundo o jornal London Times, escreveu um livro sério que é um
prazer ler, ao colocar a sua pesquisa impecável dentro do contexto da história
do relacionamento entre os sexos, e abstendo-se de assumir uma postura moral.
Taylor,
G. Rattray
Sex in History. The Vanguard
Press, Inc., Nova Iorque, 1970.
Gordon
Rattray Taylor demonstra seus amplos conhecimentos em ciências biológicas e
sociais sobre o sexo de modo que, historicamente, tem influenciado as pessoas
como pessoas e não como dados estatísticos.
Thomas,
Gordon
Desire and Denial: Celibacy and the Church. Little, Brown
and Company, Boston, 1986.
Gordon Thomas é autor e co-autor de vinte e quatro
livros. O total de vendas excede a trinta e quatro milhões de exemplares em
trinta e seis países. Quatro filmes de sucesso foram feitos de livros dele.
Thomas escreve sobre o papado desde os meses finais do pontificado do Papa João
XXIII em 1963. Fez a cobertura da eleição do Papa Paulo VI e teve diversas
audiências particulares com o pontífice durante seus quinze anos como papa, que
terminaram com a sua morte em 1978. Comentou sobre o pontificado de trinta e
três dias e funeral do sucessor do Papa Paulo VI, o primeiro Papa João Paulo, e
sobre o final dos 455 anos do domínio italiano do papado com a ascenção de
Karol Wojtyla como Papa João Paulo II. Tem continuado a monitorar as operações
do Vaticano e da Igreja sem interrupção, sendo co-autor de dois best-sellers: Pontiff
e The Year of Armageddon. Desire and Denial foi vendido como grande
produção cinematográfica.
Ward, Benedicta
The Desert Christian: The
Sayings of the Desert Fathers. Macmillan Publishing Co., Inc., Nova Iorque, 1975.
Benedicta Ward é freira católica da ordem das Irmãs
do Amor de Deus, Oxford.
Anotações
[1]
Minucius Felix, Octavius 9, G. H. Rendall, trans., p.337.
[2]
Gnosticismo refere-se ao sistema de crenças de uma diversidade de seitas
hereges judeo-cristãs nos primeiros séculos depois de Cristo, que enfatizava a
salvação por meio de uma gnose secreta ou "conhecimento". O tema
fundamental do Gnosticismo era que o mundo físico era completamente mau e por
isso tinha que ser rejeitado. Os gnósticos desprezavam sumamente o corpo humano,
desaprovavam o casamento e rejeitavam o ensinamento de que Jesus tinha um corpo
físico que fora ressuscitado. Alguns gnósticos eram muito imorais uma vez que,
de qualquer forma, tudo era ruim, e consideravam que só eles é que estavam
acima de tudo. Outros adotavam padrões de vida muito austeros e mortificação da
carne. Alguns ensinavam que a mulher foi criada pelo Diabo e que ter filhos era
multiplicar as almas presas pelos poderes das trevas. Santo Agostinho fora
membro da seita gnóstica manicaena, que remontava a um movimento batista
judeo-cristão, o Elcasaíta. Em 1946 descobriu-se num esconderijo perto de Nag
Hammadi, no norte do Egito, treze códices cópticos gnósticos que continham 53
tratados que foram guardados por volta do ano 400 D.C. Trata-se basicamente de
escritos fictícios e apócrifos, supostamente escritos por Adão, Abraão,
Zoroastro, Jesus, Filipe, Tomé, João, e outros.
[3] G. Poupon,
"L'accusation de magie dans les Actes Aporyphes," In F. Bovon et al.,
eds., Les Actes Apocrcryphes, pp.71-93; see Brown, The Making of Later
Antiquities, p.24.
[4] Acts of Paul and Theccla, New Testament Apocrypha,
vol.2, 10, p.356; 5, p.357.
[5] Justin, Apologia I, 29.2.
[6] Eusebuis, Life of Constantine, I.53, E.C. Richardson, trans.,
Biblioteca dos Padres Nicene, I:497.
[7] W. Speyer, Zu Den Vorw rfen der Heiden gegen die Christen,
(citado em Brown, 1988:140).
[8] Hidelgard de Bingen, na Alemanha, abadesa
beneditina do século XII (1098-1179), foi uma grande mística que interpretou o
relato do pecado de Adão como "fracasso de Eros", propondo que Adão
foi expulso do Éden por se recusar a desfrutar profundamente dos prazeres da
Terra. Ou seja, que Adão perdeu o seu lugar por puritanismo sexual. Escreveu
muitos livros, sendo sua principal obra Scivias, um relato de 26 visões com
ênfase apocalíptica sobre a criação, a redenção e a igreja. Foi investigada
pelo arcebispo de Mainz e o Papa Eugênio III, e ambos deram pareceres
positivos.
[9]
Tertuliano foi um teólogo latino que acabou sendo conquistado por uma seita
ascética "fundamentalista e carismática" fundada por Marcion Montano.
Tertuliano, embora casado, considerava o sexo uma conduta vergonhosa e se
maravilhava por a bênção de um sacerdote poder transformar este ato pecaminoso
num comportamento semi-santificado. Ele era particularmente revoltado contra
viúvas e pessoas que voltavam a se casar, comparando o pecado de tais
"sensualistas imundos" à fornicação, adultério e assassinato
(Tertuliano, De exhortaire castitatis 9.1 e De monogamia 4.3, 10.7, 15.1, em CCL
2:1027, 1229, 1233, 1243, 1250, confira também Brundage, 1987:68). Santo
Agostinho falou do casamento como um "remédio para a imoralidade",
uma vez que o casamento colocava o sexo no plano mais "respeitável"
da procriação.
[10] São
Jerônimo é o erudito da Bíblia que traduziu a Bíblia na Vulgata Latina. Ele
muitas vezes é lembrado pelos anos que passou entre os heremitas da Síria
batalhando na sua cela solitária com visões de tropas de ninfas dançantes que
vinham seduzi-lo. Os escritos de São Jerônimo posteriores a isso refletiram que
ele considerava o sexo a coisa mais impura, e até mais, "qualquer um que
tenha um amor ardente pela sua esposa é um adúltero!"
Paul
Lombard, um teólogo medieval, (c. 1095-1169) confirmou esta atitude no seu
apologético De excusatione coitus: "Omnis ardentior amator propiae uxoris
adulter est." (Um homem amar a sua esposa com muito ardor é um pecado pior
do que o adultério.) (Citado em Taylor, 1970:52.)
[11]
"No século IV, o Egito, a Síria, a Palestina e a Arábia, eram os centros
impositores do monasticismo na sua expressão cristã; foram experimentadas todas
as formas de vida monástica, fizeram-se todos os tipos de experiências, todas
as espécies de extremismos. O monasticismo, claro, é mais antigo do que o
cristianismo, mas este foi o desabrochar da expressão cristã e de muitas formas
nunca foi reprimido... Os monges sírios eram grandes individualistas e
deliberadamente se impunham as coisas mais difíceis para um ser humano
suportar: ficavam acorrentados nus, viviam vidas desordenadas, comiam qualquer
coisa que achavam nas florestas. Eles escolheram viver no limite da natureza
humana, próximo dos animais, dos anjos e demônios" (Ward, 1975: xv, xvii).
No século V
e VI, São Benedito de Nursia (c. 480-547), se tornou no mestre dos criadores de
"regras" monásticas - embora seus primeiros esforços para uma
"reforma" heremita tenham sido confrontados com uma tentativa de
envenená-lo. Como é típico de suas obras, este progenitor da Ordem dos
Beneditinos, quando era tentado por pensamentos sobre mulheres se atirava em
espinhos e urtigas até que sua pele fosse seriamente rasgada e sangrasse
profusamente.
[12] Clement of Alexandria,
Stomata 2.23, ed, 3.6.45; 3.12.80-81; 3.17.102-3.18.110, ed. Stahlin 2:188-94, 2:216-17, 232-33, 243-47, 3.57.1-3.60.4,
3.71.1-3.78.5, 3.96.1-3.99.4, 3.105.1-3.110.2; Paedagogus 2.83.1-2.115.5, ed.
Stahlin 1:208-26. (Citado por Brundage, 1987:66.)
"A
maioria dos cristãos... rejeitam a afirmação de cristãos radicais de que o
pecado de Adão e Eva foi sexual - que o proibido "fruto da árvore do
conhecimento" transmitia, acima de tudo, um conhecimento carnal.
Contrariamente, disse Clemente de Alexandria (c. 180), uma participação
consciente na procriação é uma "cooperação com Deus na obra da criação".
O pecado de Adão não foi indulgência sexual, mas desobediência, assim Clemente
concorda com a maioria dos seus contemporâneos judeus e cristãos, que o
verdadeiro tema da história de Adão e Eva é a liberdade moral e a
responsabilidade moral" (cf. Pagels, 1988, xxiii).
[13]
Arnobius, Adv, gentes 4.19, em PL 5:1039: "[Q]uod ex turpi concubitu
creditis, atque exseminis jactu ignorantem sidi ad lucem beneficiis
obscoenitatis exisse." Sobre Arnobius, ver também Liebeschuetz, Continuity
and Change, pp.252-260 (citado por Brundage, 1987:64).
[14]
Tertuliano, De exhortationate castitatis 11.1, em CCL 2:1030-31, (citado por
Brundage, 1987:64).
[15] No
reinado do imperador Anastácio I (A.D.491-518), por volta de 494 uma seita
originária de Alexandria chamada Angelitas, havia se espalhado. Também eram
chamado de Severitas, por causa de Severo, que era o chefe da seita.
[16]
Referência aos Atos de André, fragmento ms do Vaticano (J 352); Atos
de João, fragmento (J 266); Ecclesiastical History de Eusebius, iv
29, etc. Existiram vários Atos dos Apóstolos, tais como os Atos de Abdias, de
Pedro, de Paulo, de São João Evangelista, Santo André, São Tomé, São Filipe, e
São Matias. Mas todos eles foram provados como sendo espúrios. A referência a
Jesus vir para destruir as obras da fêmea, por exemplo: o desejo sexual e a
procriação, encontra-se no Evangelho dos Egípcios (9:63) e é citado por
Rosemary Radford Ruther, p.128, em Sexism and God-talk: Toward a Feminist
Theology.
[17]
Principalmente Mateus 15:19 e Marcos 7:21. Em Mateus 21:31-32, Lucas 15:30, e
provavelmente em João 8:41, essa referência é à cópula com prostitutas. Bruce
Malina, "Does `Porneia' Mean Fornication?", Novum Testamentum
14 (1972) 10-17, cita e analisa todas as vezes que a palavra
"porneia" aparece no Novo Testamento. (Notas de pé de página de
Brundage, 1987:58.)
[18] Bruce
Malina, "Does `Porneia' Mean Fornication?" p.17; mas cf. as
conclusões muito diferentes de J. Jensen em um artigo intitulado "Does
`Porneia' Means Fornication?" Novum Testamentum 20 (1978:161-84). (Notas
de pé de página de Brundage, 1987:58.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário