CONCLUSÂO

       Será que as pessoas estão sendo mais atraídas à realização sexual e espiritual fora das correntes principais do cristianismo, e assim se vêem cada vez mais em conflito com os ensinamentos e tradições da Igreja? Estão se distanciando do que consideram instituições cristãs decadentes?
       Os padres Católicos McMahon e Campbel argumentam que, para a espiritualidade ser autêntica e conducente ao crescimento pessoal, ela deve estar firmemente ancorada na nossa existência corporal:

       Nossa experiência como padres e psicólogos católicos, ativos no ministério por quase vinte e cinco anos, nos leva a reconhecer que um número significativo dos que se afastam das igrejas institucionais são adultos responsáveis, maduros, que querem progredir. Não são de modo algum indivíduos licenciosos procurando uma desculpa para uma vida libertina. Num número grande demais de casos, são pessoas que estão profundamente preocupadas com as questões espirituais e que são muito mal alimentadas pela sua igreja e, portanto, procuram recursos em outro lugar para apoiar o seu progresso. (citado em Feuerstein, 1989:55)

       O Dr. L. William Countryman, no seu livro Sordidez, Ganância e Sexo: Éticas Sexuais Dentro do Novo Testamento e Suas Implicações Hoje, examina cuidadosamente todas as coisas que ele achava que a ética sexual do Novo Testamento parecia proibir. Ele ainda tenta fazer com que olhemos para estas com um contexto inteiramente novo. Terminarei com suas observações conclusivas um tanto equilibradas, feitas após um exaustivo estudo sobre a questão:

       A Bíblia não faz uma grande questão do assunto quanto ao sexo e não descreve explicitamente uma compreensão teológica ou filosófica dele.
       A descrição positiva do sexo no Novo Testamento é que ele é uma parte integral da pessoa humana, particularmente nos unindo uns aos outros, e portanto, tem o direito de ser incluído na transformação espiritual que segue-se ao ouvirmos o evangelho. O evangelho, como engloba cada aspecto da vida, vai e deve englobar a sexualidade também. Se os ensinamentos cristãos parecem fugir do sexo, como algo sujo ou suspeito, é falsamente cristão... A sexualidade, como todos os outros aspectos da vida humana, deveria estar relacionada à meta principal daquela vida, o reino de Deus.
       O sexo portanto, deve ser recebido com alegria e gratidão. É um dom de Deus na criação que reflete para nós a alegria que Deus teve em dar-Se em graça, e a abertura perfeita da verdadeira vida humana na era por vir.
       Se eu fizer da satisfação do desejo sexual a maior aspiração da minha vida, estarei colocando a parte no lugar do todo e portanto perdendo a perspectiva do seu valor real... O sexo não é a meta final da criação.
       O mundo começa no ato da criação, um ato gratuito de Deus, e conclui em outro ato gratuito de Deus, o da graça - ou melhor, no regozijo a que esta conduz. O puritanismo, a estreiteza, a respeitabilidade auto-confiante não serão preparação alguma para a vida na era do regozijo. Não é de se surpreender que Jesus tenha se afastado dos que praticavam tais "virtudes."
       Como o casamento e a família não podiam ser a meta final para o cristão do primeiro século, a sexualidade e o ego não o podem ser hoje. O cristão achará muito difícil viver uma relação íntima com alguém que não compreende ou aceita o tipo de exigências que o chamado de Deus oferece... O cristão deve também conservar uma certa liberdade para responder ao chamado de Deus lealmente nas horas críticas.
       A extensão de uma sexualidade que concorde com o Novo Testamento é simplesmente esta: o grau em que ela se regozija dentro de toda a criação, no que é dada a outros bem como a cada um de nós, enquanto nos permite sempre deixar a palavra final a Deus, que é o Princípio e Fim de todas as coisas. (Countryman, 1988:265-267)
* * *

       O sexo foi criado e ordenado por Deus para nosso gozo, unidade, convívio, procriação e como um modelo do Seu próprio relacionamento conosco no Espírito. Deus usa o sexo como instrumento para manter o homem e a mulher juntos em linda harmonia, com filhos e famílias e um lar feliz e amoroso. Ele quer que você desfrute do sexo não só para o seu próprio gozo e satisfação, mas também para produzir seres humanos, almas imortais para o Reino de Deus!
       Deus na sua sabedoria criou esta união sexual, esta relação entre marido e mulher, esta relação entre amado e amada para que fosse uma imagem maravilhosa, uma ilustração no físico da nossa relação espiritual com Ele e da nossa união com o nosso Noivo Celestial. As relações sexuais e os seus frutos são um símbolo do Seu próprio relacionamento santo conosco, a Sua Noiva. Ele abençoou-o, fortaleceu-o, usou-o, referiu-se a ele constantemente em toda a Sua Palavra, como sendo a experiência física e relação mais importante entre homem e mulher e com os resultados mais essenciais: procriação da raça!
       O sexo é a maior prova do Amor e da existência de Deus, e a experiência mais amorosa, a que cria nova vida e novas almas imortais para o Reino Eterno de Deus!

       Por David Brandt Berg (citações compiladas, "Força Diária" 2:196).

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