Seja qual for a posição
tomada por outros cristãos dentro do campo sexual, eles provavelmente hão de
concordar que: (1) O cristianismo está para se deparar com dias muito difíceis
pela frente e a sociedade em geral está cada vez mais decadente e anticristã;
e, (2) como cristãos, precisamos de algumas diretrizes para reger nosso
comportamento sexual, principalmente comportamento prejudicial ou ofensivo.
Nos seus escritos, David
Brandt Berg instituiu uma regra simples para o envolvimento sexual voluntário
entre adultos, a qual, de fato, se aplica a todo comportamento. Baseado nos
ensinamentos de Jesus, este princípio é conhecido como a Lei do Amor. Explicada
em simples palavras esta "Lei" diz que o mandamento de Jesus, de amar
a Deus com todo o coração e ao próximo como a nós mesmos, deveria ser o
princípio que rege todas as nossas interações com os outros. Todas as outras regras
e leis deveriam ser subservientes a esta, na verdade, cumpridas por esta. Este
princípio geral da Lei do Amor pode ser encontrado sob uma forma ou
outra dentro dos ensinamentos da maioria das igrejas cristãs.
Em outubro de 1993, o
Departamento de Estudos da Igreja Evangélica Luterana na América emitiu o
primeiro esboço de uma declaração social proposta intitulada A Igreja e a
Sexualidade Humana: Uma Perspectiva Luterana. Os aspectos mais polêmicos do
documento receberam várias reações diferentes previsíveis dos membros da
Igreja. Aquele documento, na minha opinião, contém um resumo excelente do que
quer dizer "amar ao próximo", de maneira muito semelhante à Lei do
Amor da Família.
Paulo também concluiu que
a Lei se cumpria em Cristo (Romanos 10:4). Através da redenção de Cristo, somos
justificados perante Deus e compelidos a amar o nosso semelhante. Todos os
mandamentos se resumem em "amarás ao teu próximo como a ti mesmo."
"O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o
amor." (Romanos 13:8-10; leia também Gálatas 5:14). O amor ao próximo tem
primazia sobre as preocupações com pureza, já que nada é imundo por si mesmo
(Romanos 14:14; leia também Marcos 7:14-15). Os cristãos são libertados do
requerimento de observar numerosas leis puritanas e rituais. Ao invés disso,
somos chamados a uma tarefa mais desafiadora de discernir o que significa amar
a Deus e ao próximo em situações particulares (como Paulo ilustra em Romanos
14-15 e I Coríntios). Este discernimento ocorre conforme o Espírito trabalha
através do Evangelho dentro da comunidade dos batizados (A Igreja e a
Sexualidade Humana: Uma Perspectiva Luterana, uma proposta inicial, 1993).
Nenhum comentário:
Postar um comentário